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domingo, 29 de novembro de 2009

O FIM DA RAZÃO 2


Por Luciana Honorata




É por meio do pensamento, do raciocínio, que compreendemos e aceitamos a Palavra de Deus. Foi Jesus mesmo quem falou que “o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra” (Mt13.23). Ora, como compreenderíamos a Palavra sem que usássemos a mente para tal?







A Palavra também nos ensina que éramos “inimigos de Deus no entendimento” (Cl 1.21), e que os que estão no mundo estão “entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles” (Ef 4.18). Isso nos mostra que a razão é uma peça fundamental para as coisas no Reino de Deus, pois era a falta de entendimento que nos separava de Deus, pois estavamos cegos, sem perceber a luz da Palavra guiando-nos ao Pai (2 Co 4.4)







Além disso, a Bíblia nos exorta a “amar a Deus... de todo coração, com todas as nossas forças, de toda a alma e com todo o ENTENDIMENTO” (Mc 12.30). Concluímos, portanto, que uma das regras básicas do Reino, é que devemos amar a Deus também de forma racional, e não apenas emocional.







Paulo mesmo orientou os Romanos a prestarem um “culto racional” a Deus e a que fossem transformados pela “renovação da mente”, porque só assim poderiam experimentar a vontade dele.







Pergunto-me sempre quantos dos nossos irmãos “espirituais” não se escandalizariam com as assertivas de Paulo se meditassem profundamente nelas! Veja que ele não tentou espiritualizar o mandamento mais do que ele já é, mas de forma clara e direta, orientou: é através da renovação da mente que podemos alcançar a manifestação da vontade de Deus em nós.







Você não acha curioso o fato de Paulo não ter dito algo como: “alimentem cada vez mais a fé de vocês, e irão experimentar a vontade de Deus” ou “cuidem dos seus espíritos e procurem ser usados nos dons, e vão experimentar a vontade de Deus”. Não! Ele disse: substituam os pensamentos errados que vocês têm, pelos certos que Deus apresenta, e experimentarão a vontade de Deus. Sejam racionais, sim!







De forma racional, decidimos ou não santificar-nos apresentando os nossos corpos como sacrifício vivo a Deus. Essa não é uma escolha inconsciente ou irracional, pelo contrário, é uma decisão que envolve pensamentos, raciocínios, choque entre idéias e vontades, uma verdadeira análise da relação “custo-benefício”, onde temos o poder de escolher não pecar, porque sabemos os prós e contras dessa decisão.







É certo que a razão é uma dádiva de Deus! Devemos então usar dela para nosso próprio benefício, assim como é recomendado que façamos com todos os dons divinos concedidos a nós. É uma escolha pessoal fazer uso dela de forma apropriada e honrosa.







O que não devemos, entretanto, é limitar o agir de Deus por nós e através de nós, quando as suas direções parecerem improváveis. Creio que esse deva ser o nosso maior cuidado. Podemos ser uma bênção para o Reino e para as pessoas quando decidimos obedecer a Deus, ainda que momentaneamente não estejamos compreendendo algumas direções, contudo, andar à deriva não deve ser a regra pela qual conduziremos a nossa vida, pois Deus nos deu a capacidade de pensar e escolher, criar e governar, e é seu desejo que sejamos exatamente aquilo que ele nos criou para ser.







Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes (não te detenhas) no teu próprio entendimento. Provérbios 3:5

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